.
.
"Fight Club" , 1999;
David Fincher.
E ela estragou tudo. Esta miúda, a Marla Singer, não tinha cancro nos testículos. Era uma mentirosa. Não tinha doença nenhuma. Tinha-a visto no "Livre e Limpo", o meu grupo das quintas-feiras. Depois no "Hope", o meu grupo bimensal de drepanócritos. E de novo, no "Agarre o Dia", o grupo de tuberculose, sextas à noite...
A Marla, a grande turista...
A mentira dela reflectia a minha.
E de repente, eu não sentia nada. Não conseguia chorar. E mais uma vez, não conseguia dormir.
O grupo seguinte, após meditação guiada, após abrirmos as chacras do coração, quando chegar a hora do abraço, vou agarrar aquela cabra da Marla Singer e gritar: 'Marla, sua mentirosa! Sua grande turista, eu preciso disto! Fora daqui!'.
Não dormi durante quatro dias. Quando se tem insónias, nunca se dorme. E nunca se está de facto acordado (...).
Se tivesse um tumor, chamava-o de Marla: 'Marla, a esfoladela no céu da boca sarava se parasses de passar a língua. Mas não consegues'.(...)
- Ei! Precisamos de falar.
-Claro.
-Sei das tuas intenções.
-O quê?
-Sim. És uma fingida. Não estás a morrer.
-Como?
-No sentido da palavra de Sylvia Plath, estamos todos a morrer. Mas não a morrer como a Chloë.
-E?
-E és uma turista. Já te vi. Vi-te no grupo do melanoma, vi-te no da tuberculose. Vi-te no do cancro dos testículos!!
-Vi-te a fazer isto.
-A fazer o quê?
-A repreender-me. Está a correr bem... Ruppert.
-Eu acuso-te.
-Vá. Que acuso-te a ti.
[Juntem-se. Chorem, - propõe a psicóloga ao grupo dos anónimos. Marla aproxima-se e abraça-o...]
- Oh, Senhor... Porque fazes isto?
- É mais barato que ir ao cinema e há café de graça.
-Claro.
-Sei das tuas intenções.
-O quê?
-Sim. És uma fingida. Não estás a morrer.
-Como?
-No sentido da palavra de Sylvia Plath, estamos todos a morrer. Mas não a morrer como a Chloë.
-E?
-E és uma turista. Já te vi. Vi-te no grupo do melanoma, vi-te no da tuberculose. Vi-te no do cancro dos testículos!!
-Vi-te a fazer isto.
-A fazer o quê?
-A repreender-me. Está a correr bem... Ruppert.
-Eu acuso-te.
-Vá. Que acuso-te a ti.
[Juntem-se. Chorem, - propõe a psicóloga ao grupo dos anónimos. Marla aproxima-se e abraça-o...]
- Oh, Senhor... Porque fazes isto?
- É mais barato que ir ao cinema e há café de graça.
4 comentários:
eu juro que não queria por conversa, nem é esse o objectivo deste discurso para a parede, enfadonho e monocórdico. Mas enquanto espero que a comida aqueça fico a visitar os blogs que acompanho.... E depois vejo o Cliché do Clube de Combate o qual me rasga um largo sorriso na face. Perdoai mais esta afronta deste cusco inveterado! Boa folga!
que discurso tão "copy/paste"...
:P
és mesmo obcecado pel' "omeusegundo", não és... primeiro o parlapié, depois o cliché, depois o blogue, depois, o myspace...
tontinho...
:)
"fight club" é tudo, menos cliché!!
O Cliché não é o "Fight Club" é mesmo a tua referência a ele!
E no obcecado esqueceste-Te também do desafio para café! :p
Postar um comentário