...e esgravata.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

d. pedro i, seu maroto.

Mentira, pura mentira. o grande amor da vida de d. pedro não foi a castro, desenganem-se. ele suspirava de amores, sim, mas por outro: afonso de macedo, seu escudeiro, a quem mandou castrar, eivado de ciúmes, por rumores de suposta traição. mais: não foi afonso iv, senhor seu pai que ordenou decapitar a linda inês como nos fizeram crer os compêndios da história; foi d. pedro, ele mesmo, que determinou tamanha crueldade tendo em vista forjar a virilidade antes que o boato de "larilas" corresse entre os jocosos goliardos e a temerária fidalguia do reino. posto isto parecem-me inevitáveis as seguintes deduções: primeira, inês de castro não devia ser a tal senhora graciosa de "colo de garça", antes uma pirosa com buço, e tufos frondosos nas orelhas, e maxilares proeminentes, e voz pronunciada, e fiel adepta do perfume patchouly, e quiça a bisavó da padeira de aljubarrota... atributos aos quais d. pedro não resistira tendo em conta os três filhos que do respectivo acopolamento resultara. o túmulo de dona innês e dom pedro "um poema de amor lavrado a pedra"? mentira. uma tremenda mentira sim. um palimpsesto ardilosamente esculpido para perpetuar a boa reputação de um rei "justiceiro" entre o povo, povo esse que desde sempre gostou de novelas desta natureza, sofrivelmente românticas, pelas quais também eu me deixo quedar. enfim, a história não é outra coisa senão uma mentira repetida vezes sem conta até se tornar verdade.
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jaz.mim_tu... aqui, deixara de o ser.

à espreita de fa|c|to & gravata.

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